segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Dicionário Gaudério

Gurias como falamos sobre o uso da linguagem, olha que legal este “dicionário gaudério”

Alemoa: loura
Atorá: cortar
Avil: isqueiro
Baita: grande
Briquiá: trocar, de mano ou não
Camassada de pau: apanhar
Campiá: procurar
Catrefa: pessoas que não valem nada
Chumaço: conjunto de alguma coisa
Cóça de laço: apanhar
De revesgueio: de um tal jeito
De vereda: rápido
Fincá: cravar
Fóque: lanterna
Garrão: calcanhar
Incebando: enrolando, fazendo cera
Ingrupi: enganar
Ínozá: amarrar
Inprenhá: engravidar
Insúcia: em conjunto
Intertê: fazer passar o tempo com algo
Inticá: provocar
Intrevêro: bagunça
Intuiado: cheio
Invaretado: nervoso
Japona: jaqueta de nylon
Jóssa: coisa
Judiá: maltratar
Lazarento: xingamento
luitá: brigar
Malinducado: mal-educado
Ôio-d´àgua: nascente
Paiêro: fumo de palha

Fonte: Jornal Gazeta da Serra 24/12/10



segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Poesias

Sugestões de poesias

OU ISTO OU AQUILO
(Cecília Meireles)
.
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . .
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
.
A Pipa e o Vento

A PIPA E O VENTO
(Cleonice Rainho)
Aprumo a máquina,
dou linha à pipa
e ela sobe alto
pela força do vento.
O vento é feliz
porque leva a pipa,
a pipa é feliz
porque tem o vento.
Se tudo correr bem,
pipa e vento,
num lindo momento,
vão chegar ao céu.
.
O Cavalinho Branco

O CAVALINHO BRANCO
(Cecília Meireles).
À tarde, o cavalinho branco
está muito cansado:
mas há um pedacinho do campo
onde é sempre feriado.
O cavalo sacode a crina
loura e comprida
 
e nas verdes ervas atira
sua branca vida.
Seu relincho estremece as raízes
e ele ensina aos ventos
a alegria de sentir livres
seus movimentos.
Trabalhou todo o dia, tanto!
desde a madrugada!
Descansa entre as flores, cavalinho branco,
de crina dourada!


COLAR DE CAROLINA
(Cecília Meireles)

Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina.

O colar de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.

E o sol, vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral

nas colunas da colina.
.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Difererentes linguagens apartir da música "YEARS OF SOLITUDE"

Exercitando o  ouvir
Apreciando o ver e ouvir 


 OBRA: O quarto de Vang Gohg (óleo sobre tela, Arles, 1889)
 (produzido em  dias  de solidão enquanto esperava a visita do seu amigo Gauguin)

“A solidão pode ser nossa aliada para refletir e buscar o auto conhecimento. Também pode nos inspirar a produzir belíssimas obras de arte”

domingo, 5 de dezembro de 2010

BRINCANDO COM PALAVRAS

            A palavra representa o pensamento humano e a poesia é uma maneira de estruturar as palavras na intenção de expressar algo. Daí a importância do ensino da poesia nas séries iniciais. Para o escritor José Paulo Paes “poesia é brincar com as palavras como se brinca com bola, papagaio e pião”. E, quanto mais cedo essa brincadeira começa melhor será para formarmos leitores e escritores de poesia.
A poesia é importante de ser trabalhada na escola porque através das diferenças individuais, a troca de experiências vai sendo edificada, como também a partir da reflexão e da construção social do conhecimento sustentada pela interação dos indivíduos envolvidos. A poesia consegue, através de suas palavras, proporcionar o devaneio ao leitor, que enquanto lê, é capaz de visualizar mentalmente as imagens, as cenas, as histórias e as emoções descritas em poemas. A poesia passa a ser uma ferramenta que possibilita o exercício da escrita e da imaginação, do encanto e da expressão, tanto para o escritor como para o leitor.
O universo da poesia é rico e encantador, alem de despertar sentimentos envolve a criança numa leitura agradável, a rima e a musicalidade dão vida as palavras e levam as crianças a descobrir com imaginação e prazer o mundo literário da poesia, proporcionando a interpretação e encenação da leitura de maneira lúdica. O mundo de imagens e palavras desperta na criança a fantasia, a imaginação, os sonhos, a magia, incentivando o leitor a descobrir o mundo da poesia e das palavras. Também podemos afirmar que as crianças (e nós adultos) adoram a musicalidade, poesia e principalmente a rima. Uma boa sugestão é utilizar rimas com seus nomes ou colocar seus nomes em canções, poesias e historias... Isso desperta o interesse e prende sua atenção, além de levá-los aos poucos a tentar fazer suas próprias rimas.
Na infância a criança está no mundo da fantasia, da criação do faz de conta, assim a poesia não está propriamente ligada ao entendimento, mas desperta a imaginação e a criatividade da criança. A criança deve receber este estimulo dentro e fora da escola, ela deve ter constante estímulo pela leitura e consequentemente, terá maior habilidade de usar as palavras eficientemente.
Contudo, ao trabalhar com a poesia na sala de aula através das palavras, das leituras e composições poéticas, estamos literalmente "brincando com as palavras", pois criamos mensagens com o uso delas, que produzem sentido e permitem nossa expressão.