OU ISTO OU AQUILO
(Cecília Meireles)
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Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . .
e vivo escolhendo o dia inteiro!
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
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Aprumo a máquina,
dou linha à pipa
e ela sobe alto
pela força do vento.
dou linha à pipa
e ela sobe alto
pela força do vento.
O vento é feliz
porque leva a pipa,
a pipa é feliz
porque tem o vento.
porque leva a pipa,
a pipa é feliz
porque tem o vento.
Se tudo correr bem,
pipa e vento,
num lindo momento,
vão chegar ao céu.
pipa e vento,
num lindo momento,
vão chegar ao céu.
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O CAVALINHO BRANCO
(Cecília Meireles).
À tarde, o cavalinho branco
(Cecília Meireles).
À tarde, o cavalinho branco
está muito cansado:
mas há um pedacinho do campo
onde é sempre feriado.
O cavalo sacode a crina
loura e comprida
e nas verdes ervas atira
sua branca vida.
Seu relincho estremece as raízes
e ele ensina aos ventos
a alegria de sentir livres
seus movimentos.
Trabalhou todo o dia, tanto!
desde a madrugada!
Descansa entre as flores, cavalinho branco,
de crina dourada!
mas há um pedacinho do campo
onde é sempre feriado.
O cavalo sacode a crina
loura e comprida
e nas verdes ervas atira
sua branca vida.
Seu relincho estremece as raízes
e ele ensina aos ventos
a alegria de sentir livres
seus movimentos.
Trabalhou todo o dia, tanto!
desde a madrugada!
Descansa entre as flores, cavalinho branco,
de crina dourada!
COLAR DE CAROLINA
(Cecília Meireles)
(Cecília Meireles)
Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina.
O colar de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.
E o sol, vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral
nas colunas da colina.
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Algumas sugestões de poesias
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