sábado, 29 de janeiro de 2011

AULA PRESENCIAL - 25/01/11

PROJETO: MEDIANDO A LEITURA A PARTIR DE SELOS

DISCIPLINAS ENVOLVIDAS: Lingua Portuguesa, História, Educação Artística, Ciências e Geografia.

PÚBLICO ALVO: Educação Infantil e Ensino Fundamental (adaptado a cada nível)

OBJETIVO GERAL: Os alunos precisam conhecer os processos de leitura e escrita de diferentes gêneros e tipos de texto, identificando os livros, as imagens, os selos, as parlendas e a cartas como diferentes gêneros textuais e intertextos que favorecem a comunicação, o conhecimento e a leitura de mundo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Utilizar leitura visual em diferentes tipos de texto;
- Conhecer o significado de Filatelia;
- Elaborar um selo;
- Criar e enviar uma carta ao colega;
- Reconhecer a importância do selo, da carta e da parlenda como meios de comunicação intertextual;
- Pesquisar e apresentar diferentes parlendas;
- Localizar o Estado do Arizona no Mapa Mundi;
- Diferenciar zona rural e zona urbana.
           
PROBLEMATIZAÇÃO: Normalmente quem não é um colecionador de selos ou quem não conhece a história que envolve os selos, não dá importância para o mesmo quando vê esse adesivo em uma carta. Por isso buscamos desenvolver um projeto que possibilite os alunos conhecer o significado dos selos, sua função e história, para talvez interessar-se também pela Filatelia, o que resultará em diversos conhecimentos através da leitura dos selos, pois a proposta de trabalho em Língua Portuguesa visa desmistificar o ensino voltado apenas para ênfase da norma gramatical, abordando no ensino da Língua Portuguesa, o uso da leitura de forma interdisciplinar.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 20 horas aulas
CULMINÂNCIA: Pesquisas sobre Parlenda; Carta; Filatelia.
AVALIAÇÃO: Os objetivos serão alcançados se o aluno demonstrar que ampliou seus  conhecimento sobre as leituras textuais através dos selos e demais assuntos abordados no projeto e se ele interagiu com a turma nos estudos e nas apresentações dos trabalhos, demonstrando interesse e participação em todos os momentos, prevalecendo os resultados qualitativos.
            
METODOLOGIA:
                        Este trabalho é baseado num significativo estudo sobre a origem do selo, a fim de que, com o conhecimento da história do mesmo o aluno amplie a capacidade de compreensão dos selos através da leitura, bem como reconheça que os selos transmitem conhecimento sobre a língua de um país, sua geografia, seus costumes, sua história, sua cultura, sua arte, suas belezas, etc.
                        Este projeto pode ser desenvolvido na Educação Infantil, com a Pré-escola e no Ensino Fundamental, com qualquer turma, desde que adaptado a realidade e nível de desenvolvimento de cada turma, podendo ser desenvolvido portanto, de forma parcial ou servir de sugestão para outros trabalhos escolares.

            Primeiramente faremos a apresentação da história dos selos, com uso de data show, em que serão apresentados vários selos, desde a sua origem até os nossos dias. Será explícito na apresentação as razões pela qual foi colocado o conteúdo de tais selos. Os selos serão de âmbito mundial, nacional e municipal.
           
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A procedência do Correio ocorre desde o tempo mais antigo, no qual o homem sentiu a necessidade de contato com seus semelhantes, mesmo que eles estivessem distantes. A necessidade de comunicação entre os seres começou com uma linguagem rudimentar, para transmitir suas mensagens, como: sinais de fumaça nas montanhas e planícies, sons de tambores nas selvas, toscos desenhos em cavernas. Essas manifestações foram classificadas pela evolução como meio de comunicação.
A história dos correios já existia no Egito a 4.700 anos antes de Cristo, bem diferente da atualidade, pois os mensageiros levavam as mensagens gravadas em plaquetas de barro ou de pedra, a pé, a cavalo ou montados, em camelos. Mais tarde os próprios egípcios descobriram o “papiro”, material de madeira mais leve e prático.
            Quando o Império Romano já ocupava a maior parte das terras conhecidas, o Imperador César Augusto, implantou um serviço postal com o papiro, ligando a corte a todos os postos espalhados pelo território. Os cavalos mais velozes levavam os mensageiros. Como o percurso era longe, foram organizadas as estações postais, em que os mensageiros descansavam e os cavalos eram trocados.
            Com o evoluir da história o serviço postal tornava-se mais comum na sociedade. O transporte era feito por carruagens, mas muitas vezes as carruagens eram assaltadas e as cartas se perdiam no caminho. Depois da Revolução Industrial as locomotivas substituíram as carruagens. Outro meio de comunicação era o transporte de mensagens por andorinhas treinadas.
            Com a modernidade, a comunicação entre povos do mundo inteiro se tornava cada vez mais necessária.  Os primeiros carimbos indicavam as distâncias do mundo e foram adotados na Inglaterra, em 1784. Os numerais abaixo ou ao lado dos nomes das agências denotavam a distância medida a partir de Londres e permitiam aos agentes postais determinar o valor do porte devido, baseados na distância neles estabelecida, porém em 1795 foi verificado que as distâncias estavam impropriamente estabelecidas.
            No começo, as despesas de transporte das correspondências eram pagas pelo destinatário. Como, às vezes, o destinatário se recusava a receber uma carta e portanto pagar a taxa, o correio da Inglaterra sofria prejuízos. Então, o inglês Sir Rowland Hill (1795-1879) que era o Administrador do Correio da Inglaterra, criou um sistema de tarifas em que o remetente pagava antes de enviar a carta, originando o selo postal. No dia 6 de maio de 1840, as agências colocaram à venda os primeiros selos adesivos que permitiam a remessa da correspondência para qualquer ponto do país – dando origem assim, ao primeiro selo postal do mundo. O projeto foi mundialmente aceito, repercutindo na facilidade de comunicação.
            O primeiro selo do mundo foi desenhado por um artista londrino chamado Henry Corbould (1815-1905). O desenho apresentava o perfil da Rainha Vitória, encimado pela palavra postage, com o valor da taxa de one penny (duzentos e quarenta avos da libra esterlina). O primeiro bloco postal brasileiro foi emitido em 22 de outubro de 1938, com dez selos no valor de 400 réis cada. Cujos selos também mostram a efígie de Rowland Hill. Dom Pedro II revolucionou o Correio do Brasil, instituindo o selo postal, conhecido como “Olho-de-boi”. No dia 01 de agosto de 1843 foram emitidos três selos com valores faciais de 30, 60 e 90 réis. Esta série ficou conhecida como os “Olhos-de-Boi”. Pouco depois do famoso “Olho de Boi”, foi emitido o “Olho de Cabra”. Cem anos depois dos “Olhos de Boi”, foi emitida uma série de selos, folhinhas e blocos sobre o Centenário do Selo Postal Brasileiro.
            Em 1925, no dia 25 de março, três aviões começaram a conduzir malas de cartas do Rio de Janeiro para o exterior, iniciando o transporte aéreo. No dia 20 de março de 1969 o transporte de mensagens foi transformado em empresa pública denominada Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT. A partir da criação da ECT, em 1969, artistas plásticos e desenhistas promissores foram contratados para melhorar a qualidade das nossas emissões comemorativas e a Casa da Moeda do Brasil foi reequipada para garantir uma impressão compatível com o novo padrão, dentre as providências que foram adotadas para incrementar a Filatelia. Muitas séries de selos foram emitidas no Brasil. As emissões mostravam diferentes figuras, cores, valores, nomes... Dentre essas séries a “Barba Preta”, “Percê”, “Barba Branca”, “Auriverde”, “Cabeça Pequena”, “Cabeça Grande”, “Fundo Cruzado e Linhado” e “Cabecinha”.
            Os primeiros selos comemorativos surgiram no Brasil em 01 de janeiro de 1900. Era uma série de 4 valores que celebravam o 4º Centenário do Descobrimento do Brasil, por Pedro Álvares Cabral. Este foi o ano em que o país iniciou o serviço de “colis-postaux” – encomendas internacionais. Como decorrência da modernização em sua concepção artística, os selos brasileiros tornaram-se mais atraentes e competitivos, obtendo importantes prêmios internacionais. Em quase 350 anos de atividade, muita coisa se transformou. Novas formas de entrega foram sendo somadas às mais antigas e, hoje, eles chegam às portas de milhões de brasileiros a pé, de bicicleta, de moto... São mais ou menos 53 mil carteiros e carteiras que compõem um verdadeiro batalhão de Carteiros dos Correios do Brasil, na distribuição diária de 40 milhões de objetos, aproximadamente, mantendo o referencial humano desta atividade que se tornou uma, entre as de maior credibilidade junto à sociedade brasileira.
            Muitas séries modernas surgiram: “Fundação do Serviço Postal no Brasil – 1663”,  “10 Anos da ECT”,  “América 97”, “O Carteiro”, “Biodiversidade, Pesquisa, Ciência, Tecnologia e Presença Militar na Amazônia”, “Novo Milênio”, “Aves Brasileiras”, “Carros Antigos”, “Guga”, “Esquadrilha da Fumaça”, “Motocicletas”, “O Maior Cajueiro do Mundo”, “Tubarões do Litoral Brasileiro”, entre muitas outras séries. O município de Ibarama criou seu primeiro selo postal em dezembro de 2008 para homenagear o maratonista ibaramense Claudir Rodrigues.
            Com tantas temáticas interessantes, muitas pessoas são fanáticas em colecionar selos. O colecionismo de selos é eruditamente chamado de FILATELIA. Filatelia é uma palavra criada na França que tem sua origem nas palavras gregas PHILOS (amigo) e ATELIA (taxa, marca, selo) ou TELOS (imposto) ou ATELEIA (franqueamento, isenção de imposto).    Filatelia significa arte, ciência, mania de colecionar selos postais e peças que tenham relacionamento com franqueamento postal. É usada em todo o mundo para denominar o colecionismo de selos postais. O objetivo deste hobby é selecionar selos para compor uma coleção que pode ser geral ou temática.
            Existem coleções que além dos selos possui informações sobre o tema – parâmetro utilizado por muitas pessoas nas coleções temáticas. Enquanto entre as coleções gerais, pode-se dizer que se dividem em mundo e país. É frequente encontrar coleções com apenas selos de um país, assim como de qualquer lugar do mundo. Quando não seguem nenhum critério este tipo de coleção é usual entre iniciantes.
            Apesar de diferenças entre os vários tipos de coleções, um único ideal une os filatelistas de todo o mundo: a vontade de conhecer mais sobre um lugar, objeto, pessoa, país, cultura, que está impresso junto com o selo de um determinado lugar. É o conhecimento que estimula os filatelistas a continuar com seu hobby, apesar da diminuição das correspondências via Correios.
            O Selo postal tem fundamental importância na presteza da comunicação a distância. Além disso, através da Filatelia, proporciona prazer e conhecimento em diversos aspectos, sejam eles, geográficos, culturais, artísticos ou históricos.
            Na sequência, serão realizadas atividades:
            - Questionamentos aos alunos se eles conhecem algum selo, se sabem o que esse selo representa e se conhecem alguém que coleciona selos.
            - Será apresentado por slide em data show uma coleção de selos e o nome de alguns artistas que são colecionadores.
            - Questionaremos sobre o que levaria uma pessoa colecionar selos;
            - Conversaremos sobre o conhecimento cultural adquirido através da Filatelia;
            - Faremos a análise, em conjunto, de alguns selos brasileiros, inclusive o selo municipal que homenageia um maratonista local chamado Claudir Rodrigues. Analisaremos a série e a temática dos selos, fazendo a leitura dos mesmos.
            - Em seguida, traçaremos datas em ordem cronológica da história dos selos, em que serão escritos os fatos mais importantes, que servirá como arquivo das informações adquiridas no trabalho.
            - Então, questionaremos o grupo sobre o que contam os selos. E, perguntaremos se alguém tem interesse em praticar a Filatelia.
            - Comunicaremos aos alunos que o nosso trabalho se deu ao fato de termos realizado uma significante pesquisa, maio pelo qual adquirimos conhecimento em amplas áreas.
            - Depois, realizaremos uma atividade, visando identificar o nível de conhecimento adquiro através da apresentação do trabalho.

SUGESTÃO DE ATIVIDADES:
Na sequência, será apresentado em data show, as imagens do Livro “Zoom” de Istvan Sanyai, e cada aluno deverá escrever em palavras o que lê em cada imagem, formando um texto (parlenda) para ser socializado na turma, reconhecendo as diferenças de leitura textual entre as pessoas. Conhecer a parlenda do livro e ler em conjunto. Depois pesquisar em diferentes fontes, sobre parlendas para ler aos colegas.

PARLENDA
Cadê?

Cadê o galo?
Está no pátio, atrás do celeiro.
Cadê o celeiro?
Está na fazenda.
Onde está a fazenda?
Na maquete.
Cadê a maquete?
Está no quadro.
Com quem está o quadro?
Está no álbum com o menino.
Onde está o menino?
No navio.
Cadê o navio?
Está pintado no ônibus.
E o ônibus?Está na rua.
Em que rua?
Rua da Califórnia.
Cadê a Califórnia?
Está no filme.
Cadê o filme?
Está passando na televisão.
Onde está a televisão?
No trailer.
E o trailer?
Está no Arizona.
E o Arizona?
Está no selo da carta.
Cadê a carta?
O carteiro levou.
Quem recebeu?
Um habitante da Austrália.
Cadê a Austrália?
Eu a vejo do avião.
Cadê o avião?Está entre as nuvens.
E as nuvens?
Estão no planeta terra.
Cadê o planeta terra?
Está na minha imaginação.

            As tarefas seguintes serão de formular um selo individual, utilizando a criatividade.
            Outra atividade será o estudo sistematizado sobre a escrita de cartas para cada aluno escrever uma carta a ser levada no correio com o endereço de algum colega de turma, analisando o selo da postagem.

            Voltando ao texto do livro “Zoom”, será estudado as regiões e locais que aparecem nas imagens para localizá-las no mapa mundi, após fazer estudo sobre estados, povos habitantes e zona urbana e rural.

            Também será desenvolvido atividade com fotografia, na qual cada aluno irá escolher uma imagem e fotografar uma partícula, utilizando o zoom da máquina para registrar, depois imprimir a imagem em zoom e fazer uma interferência artística.
           

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

SANYAIS, Istvan. Editora Binque-Book
GESTAR II. Programa Gestão da Aprendizagem Escolar. PDE, 2010.
















































     
















Nenhum comentário:

Postar um comentário